No dia 10 de Julho do corrente ano, a Associação das Empresas Moçambicanas de Consultoria (AEMC) participou do 1º Fórum de Engenheiros dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), cujo tema principal foi “Mobilidade de Engenheiros no Espaço dos PALOP”.
O evento teve lugar no Montebelo Indy Congress Hotel, na Cidade de Maputo, durante quatro dias, de 10 a 13 de Julho. Seu principal objectivo era promover o conhecimento mútuo das organizações que representam os engenheiros em cada país integrante do grupo, facilitar o reconhecimento profissional e criar condições para a mobilidade dos profissionais no espaço dos PALOP.
Em representação da AEMC, a Engª. Sarifa Izidine, presidente da associação, partilhou com os participantes a situação actual do ambiente de negócios da consultoria em Moçambique. Durante a sua apresentação, salientou que as empresas de consultoria têm enfrentado vários desafios, como atrasos no pagamento de facturas, fraca transparência na avaliação dos concursos públicos e a subvalorização do conteúdo local, apesar da existência de competências locais.
Para melhorar o ambiente de negócio e criar mais oportunidades para as empresas de consultoria, a Eng.ª Sarifa Izidine destacou que a AEMC colabora com a Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA), Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH), Confederação das Associações Económicas (CTA) e outras entidades ligadas ao sector empresarial. Para além disso, a presidente anunciou que a associação está em busca de parcerias e recursos financeiros para capacitar as empresas locais segundo a norma ISO 9001, bem como oferecer outras formações para melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Com o propósito de impulsionar a participação nacional em grandes projectos, a Eng.ª Sarifa Izidine defendeu a necessidade de estabelecer parcerias estratégicas com empresas internacionais por meio de “joint ventures”, com o objectivo de promover a transferência de tecnologia e fortalecer o empresariado local.
Importa referir que o evento foi promovido pela Ordem dos Engenheiros de Moçambique, que tem como principal objectivo regular a actividade de engenharia no país, através do registo, certificação e do exercício da acção disciplinar e de controlo sobre os profissionais do ramo.
São membros dos PALOP Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e a Guiné Equatorial.