No dia 25 de Julho, a Verde Azul, na pessoa do seu Director Geral, Eng. Kemal Vaz, participou no seminário sobre economia azul, juntamente com outros convidados, tais como, o ex-Presidente Joaquim Chissano, Pais Neto, chefe do Gabinete da Direção Geral da Autoridade Marítima Nacional de Portugal, Jorge Silva, especialista em questões marinhas e marítimas.
O seminário “Economia Azul: Um Nicho de Oportunidades para Alavancar o Desenvolvimento em Moçambique” foi organizado pela Fundação Joaquim Chissano e pela consultora portuguesa New Sigma Holding.
O tema abordado pelo Kemal Vaz, especialista em eco-hidrologia, foi sobre as mudanças climáticas no sector pesqueiro, em que este é um assunto mundialmente abordado, e Moçambique não é excepção, pois corre-se o risco de toda a nossa zona costeira e os ecossistemas associados estarem em perigo, assim como todas as comunidades e outros que de alguma maneira ou forma dependem dos recursos pesqueiros para a sua subsistência. Na sua opinião, é a altura exacta de se continuar a proteger os ecossistemas, em especial, a zona do Banco de Sofala, considerada uma das maiores receitas de pescado do país. Assim temos de dar especial atenção a esta zona de acção, parques e reservas marinhas e garantir a sua sustentabilidade para que sejam asseguradas pelas gerações futuras.
“O futuro de Moçambique passa pela economia do mar, dada a imensidão da costa moçambicana e a abundância dos recursos marítimos, onde a localização de Moçambique à beira do oceano Índico oferece potencialidades ao nível de recursos energéticos, rotas marítimas, comércio internacional, indústria alimentar e turismo. E desta forma, Moçambique tem de explorar esta via de forma sustentável e que poderá dar a Moçambique a possibilidade de melhorar a sua balança comercial, e o país necessita de um conhecimento cada vez mais profundo das potencialidades das águas moçambicanas que se pode tirar um maior proveito dos recursos marítimos em prol do bem-estar das populações”, disse Chissano, citando a Agência Lusa.
Afirmou ainda que o futuro da economia de Moçambique passa pela exploração em pleno dos seus recursos marítimos, alertando para as ameaças às águas do país, nomeadamente várias formas de tráfico.